Atividade Aula 2 – A propaganda de 1900 – 1949 - Grupo: Breno Sales, Bruna Perilo, Matheus Ferreira, Guilherme Siqueira, Natan Tiengo, Natalia Novato, Pedro Gabriel, Rhavena Bernardes

A propaganda de 1900 – 1949



Até o ano de 1900, as propagandas no Brasil baseavam-se em temas como compra e venda de móveis e até de escravos.
Um outro habito da época era a utilização de políticos em muitas propagandas. No começo do século, surgem as revistas, com a finalidade de promover anúncios. Em 1913, nasce a primeira agencia de publicidade, Eclética. A crise de 1929 e as revoluções de 1930 e 32, não só abalaram a economia, mas também paralisaram a propaganda totalmente. “A revolução de 1932 foi a implantadora da indústria no país”.
A primeira fase da propaganda no Rádio foi marcada pelo pioneiro Sangirardi Jr., essa se destacou pelos programas de grandes dimensões, musicais, locutores, programas de auditório, rádionovelas, com grandes recordes de audiência.
Na década de 40 as atividades publicitárias foram as mais turbulentas, problemas surgiram, o decréscimo violento no movimento de anúncios. O período de 1941 a 1945, foram anos de guerra também para a propaganda, guerra das trocas comerciais. Já o período de 1945 á 1950, o país procurando corrigir as falhas no desenvolvimento econômico e social pós-guerra.
Foi a “grande atração do momento”, facilidades de pagamento, tudo para agradar os consumidores. Nasciam em 1949 os convênios entre agencias de propaganda, juntamente com a Associação Brasileira de Propaganda (ABA) e o Conselho Nacional de Imprensa (CNI) tempos mais tarde surgia a Associação Brasileira de Agencias de Propaganda (ABAP)


1900 - 1910 Surge a Revista da Semana, cujos anúncios têm uma linguagem mais tênue, e outras revistas menores, como Vida Paulista e Arara, que se mantém com anunciantes locais. Destaque para a propaganda de remédios, cujas peças São cada vez mais numerosas. O período de 1909 a 1918 é marcado pela utilização de políticos como garotos- propaganda.

1910 - 1920 Em 1913 instala-se a Eclética, a primeira agência de propaganda do Brasil. Na sua fundação foram contratados escritores e artistas para preparar os textos e ilustrações dos anúncios. Anunciava nos principais meios de comunicação (revistas, jornais, cartazes e mala-direta), tendo como principais clientes a Ford Motor Co., a Texaco Co., Kolynos, Palmolive, Aveia Quaker, Sabonete Eucalol, Biscoitos Aymoré, entre outros. No final da Primeira Guerra Mundial, São Paulo contava com cinco agências. Os maiores anunciantes eram a Farinha Láctea Nestlé, o Extract Vision de Fleurs da Colgate-Palmolive, a Colgate Baby Talc Powder e a Bayer.

1920 - 1930 Na década de 20 o Brasil ganha um novo meio de comunicação: o rádio, que representa um marco e uma grande revolução na publicidade brasileira. Os maiores anunciantes eram a Casa Colombo, Bromil, Cigarros Veado, Biotônico Fontoura, entre outros Em 1926 os Laboratórios Fontoura contratam Monteiro Lobato para escrever a história de Jeca Tatu, personagem que faria a propaganda dos produtos Fontoura e protagonizaria as campanhas de conscientização do Laboratório. A General Motors (GM) desde 1926 tinha um departamento de propaganda, que se dissolveu em 1929. Isso marca a entrada da primeira agência multinacional ao Brasil, a JWThompsom.


1930 - 1940 O Rádio é a grande sensação desta década: 1933 - 50 mil receptores de rádio no Rio de Janeiro e 3 transmissoras em São Paulo. 1938 - 10 emissoras só na cidade de São Paulo e 24 no interior do estado. Aparecem os spots, os programas associados à marcas e os jingles. Os produtos farmacêuticos ainda são os maiores anunciantes, mas começam a aparecer também as cervejas, loterias, cigarros, automóveis e lubrificantes, pneus, lâmpadas e cremes dentais. Surgem os primeiros outdoors, com anúncios da Ford, Chevrolet, Goodyear, Pirelli, Atlas, Essolube, Texaco, Atlantic, Frigidaire, Cinzano e Gancia. Nos jornais, a concorrência se dava através de competição, réplicas e tréplicas dos anunciantes.

1940 - 1950 Fase um pouco mais expressiva na criatividade. Perído áureo do jingle, merecendo destaque os da Coca-Cola, da Lever e da Sonrisal. São criadas as datas promocionais, como Dia dos Pais, Dias das Mães, para aquecer o perído mais fraco do comércio. Período de grande trabalho, e é quando as agências se sobrecarregam e passam a ter necessidade de trabalhar até tarde da noite. Primeiras tentativas de disciplinar a ética da propaganda, com Conselho Nacional de Imprensa (CNI) e da Associação Brasileira de Propaganda (ABA). Em fevereiro de 1949 acontece um convênio entre as principais agências para a fixação de normas padrão para a regulamentação da propaganda, resultando no surgimento da Associação Brasileira de Agências de Propaganda (Abap).



Na virada do século, as mulheres ainda lutavam para conquistar mais espaço e liberdade dentro de uma sociedade conservadora. Houve então uma grande sacada das agências: se as mulheres eram responsáveis pela maior parte das compras da família, por que não explorar o papel relevante delas na sociedade? Este pensamento foi fundamental na valorização das habilidades femininas nos processos criativos a fim de ganhar o mercado.


Há relatos de profissionais que relacionam a influência das mulheres no universo publicitário à criação da primeira propaganda com apelo sexual. A propaganda era de um sabonete facial e apresentava a seguinte mensagem: “A pele que você ama tocar”. Esta propaganda era ilustrada com a imagem de um casal. Na época, este anúncio representou um avanço na utilização da sexualidade como ferramenta publicitária.


Propagandas mais populares

Coca-Cola (Combate ao Calor) - 1900 Dalmir Reis Jr.  anos 1900, bebidas, coca cola, refrigerante A princípio a Coca-Cola era vendida para uso medicinal. Com o passar dos tempos, seu foco (até mesmo na comunicação) foi para cuidar do frescor e dar energia aos seus consumidores. Este cartaz veiculado por volta de 1900, apresentava um desespero de diversas pessoas acompanhando o aumento da temperatura , enquanto outras pessoas, dentro de um estabelecimento desfrutavam do frescor e sabor de uma Coca-Cola.

Sabão Fairy (Preconceito Racial) - 1900 O sabão americano que rendeu diversas polêmicas com suas propagandas racistas no começo do século passado apresentou esta campanha usando duas crianças: “Por que sua mãe não o lava com sabão Fairy?”. O que hoje pode parecer um absurdo, em décadas passadas era comum ver campanhas publicitárias com essas abordagens.

Gillete
Marlboro

Publicidade e Propaganda em Goiás

Conhecer a história é importante para que se possa aprender com os acertos, evitar cometer os mesmos erros do passado e, com isso, fazer previsões acerca do futuro. A publicidade e a propaganda possuem a peculiaridade de retratar em suas peças as características sócio-econômicas de cada época em que é veiculada. Apesar disso, inexiste em Goiás uma publicação que retrate a trajetória dessa profissão. Esse projeto visa sanar essa ausência, resguardando em suas páginas a história desse ofício que influencia cotidianamente a vida de cada cidadão goiano. 

A publicidade e a propaganda é um dos principais instrumentos de divulgação utilizados por governos e empresas para divulgarem as suas idéias e produtos. Ela profissionalizou-se e teve seu uso difundido pelo mundo a partir do século XIX, juntamente com a popularização da imprensa, que passou a ser nesses idos seu principal meio para difusão da mensagem. No Brasil essa relação ocorreu de forma intrínseca. Uma vertente da publicidade, a propaganda política, destacou-se nas páginas dos periódicos no princípio de sua circulação em território brasileiro. Circulação essa que foi permitida apenas após a transferência da família real portuguesa para terras tupiniquins nos idos de 1808. A propaganda política ocorria através da divulgação de artigos fervorosos difamando e ou enaltecendo os pares políticos da época, seja ela governo ou oposição, de acordo com os interesses dos autores dos artigos. Característica que perdurou e ainda perdura na imprensa brasileira, e que pode ser facilmente constatado nos artigos e relatos divulgados e produzidos no estado de Goiás ao longo de sua história. Inúmeros periódicos que circularam em território goiano abordaram esse tema em suas páginas, como o primeiro jornal da então província de “Goyaz”, O Matutina Meyapontense4 , que surgiu em 1830 na então cidade de Meia Ponte, hoje Pirenópolis, e tantos outros. Porém a publicidade e a propaganda nos periódicos não se deteve apenas na sua vertente política. Não tardou para que os primeiros anúncios, em formato classificados, fossem publicados nos mesmos. O primeiro anúncio goiano foi veiculado no jornal O Matutina Meyapontense em 1830 (vide anexo 1), e tratava de uma loteria beneficente que seria realizada em benefício do Hospital de Caridade de São Pedro de Alcântara. Entretanto Goiás sofria com o isolamento logístico e comunicacional. Totalmente desconhecido em âmbito nacional no século XIX e princípio do século XX, era comum na imprensa das demais regiões brasileiras a afirmação que a capital goiana é Cuiabá. No meio político federal era apenas um rincão longínquo e esquecido, que merecia parcos recursos governamentais. Era sublimemente ignorado. Não tinha sequer deferência em uma publicação anual promovida pelo Ministério da Fazenda sobre os estados brasileiros. 


Comentários

  1. O texto está muito bem escrito, resume de forma clara, objetiva e organizada a história da publicidade e propaganda nos anos 1900-1949 no Brasil, mas é necessário que o texto seja escrito com as palavras de vocês. É citada uma parte da história em Goiás que corresponde a atividade anterior. Os exemplos trazidos são muito bons e a descrição é fundamental para a compreensão deles, mas podem se aprofundar mais na busca por mais exemplos.
    Deem uma revisada e qualquer dúvida, vem de zap bb! ;)

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