Tendo a família e os grupos domésticos como unidades de produção do consumo, as propagandas no Brasil baseavam-se em temas como compra e venda de móveis - e até de carruagens e escravos. Já os fortificantes e elixires (considerados como os grandes anunciantes) dialogavam com as donas de casa, prometendo-lhes vigor e bem-estar. Alguns nomes daquela época hoje soam curiosos e até engraçados: Pós da Pérsia, Bálsamo Maravilhoso, Óleo de Fígado Bacalhau e o Rhum Creosotado. Poetas como Olavo Billac, Augusto dos Anjos, Ari Barroso, Casimiro de Abreu e Fernando Pessoa foram alguns dos escritores que participaram da criação dos textos publicitários durante aquele período.
A Eclética, primeira agência de publicidade do país, nasceu em 1913, em São Paulo. Surgiram, então, grandes anunciantes multinacionais, como a General Eletric, a Nestlé e a Ford. Apesar de possuírem um padrão mais elevado do que a maioria das companhias brasileiras, elas não representavam os costumes e tampouco os hábitos de consumo nacional.
Por conta de epidemias como a gripe espanhola, além do crescimento progressivo dos núcleos urbanos no Brasil, a partir de 1918 houve uma incidência de diversas doenças e problemas de saneamento em geral. A questão social começou a ser discutida e foi percebida a necessidade de uma revisão do papel do Estado. Por conta disto, na década de 1920 houve uma ampla abordagem na área da saúde e bem-estar; dentre eles, por exemplo, anúncios de sabonete mostravam com nitidez a preocupação não apenas com a higiene, mas também com a beleza e a estética.
Em 1926 pode-se perceber a presença cada vez mais acentuada das empresas norte-americanas no Brasil. Entretanto, diversas questões de ordem política que ocorreram nos anos seguintes (a crise de 1929, o Golpe de 1930 e a Revolução Constitucionalista de 1932, que pretendia a derrubada do Governo de Getúlio Vargas) não somente abalaram a economia brasileira, como também paralisaram por um momento a propaganda impressa.
Com a consolidação do rádio como veículo de comunicação de massa a publicidade redescobriu-se: anúncios que até então eram somente impressos, agora ganhavam vida com a possibilidade do uso de sons, vozes e jingles. Esse foi o tempo da consolidação de alguns slogans, como: “É mais fácil um burro voar que a Esquina da Sorte Falhar” e “Com guarda-chuva Ferretti, pode chover canivete”.
Com uma visível profissionalização dos que faziam a propaganda se principiou a dizer “a propaganda é a alma do negócio”. Alguns anos mais tarde, em 1949, nasceram os convênios entre agências de propaganda e a Associação Brasileira de Agências de Propaganda (ABAP). Zeca Martins, autor de Propaganda é isso aí (Atlas, 2004) ratifica o progresso da publicidade brasileira: "(...) como terceiro salto histórico, temos o incansável e constante desenvolvimento dos meios de comunicação, particularmente dos eletrônicos, a partir do final da década de 50 (...) possibilitando o surgimento quase diário de novas técnicas e manifestações estéticas no mundo da Propaganda".
A pesquisa feita sobre o período solicitado pela atividade (1900-1949) é muito enxuta. Há muitos acontecimentos e informações sobre a história da publicidade e propaganda neste período que não foram abordados, há muitos exemplos que podem ser trazidos para exemplificar esse período. Vocês deixam de abordar a história da publicidade e propaganda em Goiás. Ela não existiu? Se aprofundem na pesquisa, complementem com o que falta, usem exemplos, escrevem o texto com suas próprias palavras e citem a fonte de pesquisa.
ResponderExcluirDeem uma revisada no trabalho de vocês e qualquer dúvida, vem de zap bb! ;)