A HISTÓRIA DA PROPAGANDA NO BRASIL
A propaganda no Brasil nasceu no século XIX, com a chegada da família real. Em 1808, com a abertura dos portos para comércio estrangeiro, veio também outras influências, além das trazidas pela família real.
Nesse mesmo ano, a Gazeta, o qual foi o primeiro jornal publicado em terras brasileiras, começou a circular. Seu conteúdo era restrito aos interesses da Coroa, tinha censura prévia e era publicado duas vezes por semana. Os primeiros anúncios jornalísticos eram sobre a venda de escravos, de imóveis, leilões e serviços. Na imagem abaixo é possível ver uma exemplificação do que foi escrito. A página do jornal forneceu apenas informações positivas sobre a realeza e suas atividades citando inclusive que estes são os dias felizes e de glória.
Em 1821, foi lançado o primeiro jornal diário, chamado O Diário de Rio de Janeiro. Ele inovou por ser o primeiro jornal a sobreviver de anunciantes e não mais de assinaturas. Primeiro Meirelles havia imprimido, na tipografia real, uma espécie de anúncio promocional: um "Plano para o estabelecimento de hum util e curioso diario nesta cidade", em que relatava suas pretensões e detalhes sobre a publicação, que custaria a mensalidade de 640 réis, e desse modo, o Diário do Rio de Janeiro, o primeiro diário da história da imprensa brasileira, surgiu sem necessariamente seguir à Coroa.
É lançado, em 1827, O Espelho Diamantino, o primeiro jornal brasileiro direcionado ao público feminino. Em um Brasil recém independente tal jornal debatia assuntos "polêmicos" através de artigos temáticos de política, ciência, moda e arte, além de levantar debates sobre o papel da mulheres.
Em 1860, a propaganda brasileira sofreu uma transformação, visto que surgiram os letreiros, painéis de rua e panfletos. Nesse mesmo ano, desenvolveu-se a Pulvografia, a qual se constitui no processo de reproduzir imagens por meio da ação da poeira, sem precisar do emprego da prensa.
Logo após, em 1875, surgiram os reclames ilustrados, com os jornais Mequetrefe e O Mosquito. Em seguida, outros jornais e revistas passaram a investir em espaços maiores para ilustrações, as quais, além de divertir, são importantíssimas para a memória nacional e contam histórias.
De 1875 à 1880 o avanço se deu nos reclames, que, passando a ocupar espaços maiores, tendo o Jornal da Província de São Paulo como um dos pioneiros, os anunciantes começaram a se preocupar, pela primeira vez, com a fixação de suas marcas na mente do consumidor.
Três anos depois, foi lançado o primeiro anúncio de venda de telefone no Brasil, no jornal O Estado de São Paulo. O texto traz muitos detalhes, representa o inventor Grahm Bell como um "grande mágico" e enfatiza a capacidade do aparelho de promover comunicação entre pessoas de diferentes localizações.
Três anos depois, foi lançado o primeiro anúncio de venda de telefone no Brasil.
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